Hoje, 25 de julho, é o dia de celebrar a resistência e a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas! Nesta data emblemática, é importante que a gente enxergue essas mulheres com toda a dimensão de suas identidades, sem negar os desafios e as violências que são enfrentadas a partir da interseção entre gênero, raça e classe.
Essa interseccionalidade também atravessa as adolescentes inseridas no Sistema Socioeducativo. Segundo o último levantamento realizado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), a maioria das adolescentes inseridas na Socioeducação são negras, pobres e periféricas, que tiveram e continuam tendo o seus direitos mais básicos negados.
De acordo com o recém lançado Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2023), o número de violência contra crianças, adolescentes e mulheres aumentou consideravelmente em comparação ao último ano. Isso é o reflexo de uma política machista e violenta, que não enxerga essas indivíduos enquanto sujeitas de direito e prioridade absoluta na elaboração e implementação de políticas públicas.
Por isso, neste dia 25, reafirmamos que elas existem e enquanto existirem, selamos o nosso compromisso com a luta pela vida, dignidade e liberdade de todas as mulheres, pois não seremos livres enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas.
*A frase final é uma edição dos ditos da Audre Lorde.